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25/05/2023

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Brasil e Portugal trocam experiências em prevenção de incêndio durante Seminários Técnicos

WhatsApp Image 2023 05 25 at 12.22.38A troca de experiências e boas práticas entre Brasil e Portugal na prevenção e controle de incêndios foi tema do Seminário Técnico realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta quinta-feira, 25 de maio. Na oportunidade, técnicos e especialistas dos dois países trouxeram ações realizadas na localidade e que resultaram em resultados positivos.

Inicialmente, o diretor e coordenador técnico da Federação Nacional dos Baldios, em Portugal, Pedro Gomes, fez uma breve explanação sobre a realidade local quando o assunto é incêndio. “Aqui o fogo sempre esteve relacionado a territórios, sobretudo de áreas agrícolas. O que tem acontecido ultimamente é que cada vez mais há edificação dos territórios, ou seja, as pessoas têm abandonado os territórios e indo para a cidade. Isso faz com que a floresta e o mato comecem a avançar sobre as aldeias. Em ação de incêndio, isso se torna grave, porque avança direto nas aldeias e aqui os incêndios são diferentes do que acontecem no Brasil, com proporções distintas, mas com impactos bastante complicados”, disse.

De 2012 até 2022, segundo o coordenador, as principais causas de incêndio foram devido à negligência do fogo. “Os dados mostram que 41% das causas de incêndio são quando as pessoas utilizam o fogo de forma errada, seja para renovação de pastagem, seja para fazer pequenas fogueiras ou até mesmo um assado no meio da floresta”, completou reforçando que apenas 7% dos focos de incêndio são resultantes de causas acidentais.

O caso de sucesso de Portugal chegou através do Projeto InovaJuntos. Promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES), com o apoio financeiro da União Europeia (UE), o projeto a visa promover a cooperação internacional entre Municípios brasileiros, portugueses e latino-americanos.

Brasil
Entre os cases brasileiros, está o do Município de Águas da Prata (SP). Atualmente com oito mil habitantes, a localidade é composta de uma grande área verde e de floresta nativa. O secretário de meio ambiente do Município, Igor Benevides, reforçou que a característica da área traz muitos desafios. “Entre eles a identificação e o mapeamento das áreas, já que conta com áreas fechadas que dificultam o acesso”, disse.

Para tanto, a equipe do Município buscou alternativas para suprir estes desafios. Entre elas, a capacitação técnica, visto que a localidade não tem uma unidade do Corpo de Bombeiros. “O primeiro combate se dava por moradores ou prefeituras. Em 2020, reunimos os Entes para formar parcerias de treinamento e capacitação das equipes. Com isso, promovemos o desenvolvimento de ações como treinamentos locais, treinamentos intermunicipais para unificar as ações, treinamentos em primeiros socorros, aceiros rurais para facilitar o acesso para as localidades no meio da mata”, finalizou.

Já no Município de Goiás (GO), a abordagem dos gestores para enfrentar os desafios foi a criação de dois programas de controle e combate às queimadas. Um deles, segundo o secretário interino de Meio Ambiente do Município, Rodrigo Santana, foi a criação de operação chamada é uma operação chamada de Cerrado Vivo, que envolve parcerias com os demais Entes e órgãos. “Promovemos também ações educativas envolvendo as escolas, também com proprietários rurais, nos assentamentos rurais, além de uma ação de mobilização e sensibilização deles na medida em que houve um momento que não havia uma articulação e cada um promovia uma ação para controlar o incêndio”, enalteceu.

Por fim, o assessor técnico em Desenvolvimento Econômico Sustentável do Município de Capitólio (MG), Walter Marinho, ressaltou que, na localidade, além da monetização de carbono, os gestores utilizam de outras ferramentas para a prevenção de incêndios. “Nós trabalhamos a prevenção de incêndios e enchentes através de tecnologia com inteligência artificial de análise de dados para que possamos fomentar a redução do impacto ambiental da atividade humana e do clima”, disse.

A temática do Seminário Técnico continua na próxima sexta-feira, 26 de maio. Participaram do debate, ainda, o coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil do Mato Grosso do Sul, Hugo Djan, a coordenadora de Operações em Desastres do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, Giselle Gouvea, o analista Ambiental do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), Gabriel Zacharias, além do consultor da CNM Mauricio Zanin, do analista técnico em Defesa Civil da CNM, Jhonny Amorim, e da analista do projeto InovaJuntos Thaís Mendes.

Da Agência CNM de Notícias


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